Amigo de infância de Cartola, cresceu na Mangueira e desde menino já tocava cavaquinho. Foi crescendo e aprendeu a fazer samba com maestria... Foi integrante da ala de compositores da Mangueira, parceiro de Cartola, Carlos Cachaça, e outros grandes sambistas, compondo belos sambas de terreiro como “Quem se muda pra Mangueira” interpretado abaixo por Dona Zica e Nélson Sargento:
Quem se muda pra Mangueira (Zé da Zilda)
Intérprete: Dona Zica e Nélson Sargento
Intérprete: Dona Zica e Nélson Sargento
Mangueira, foste tu sempre a primeira
És a única bandeira sem orgulho e sem maldade
Quem se muda pra Mangueira é verdade
Leva a vida cheia de felicidade
Quem se muda de Mangueira tem saudade
E voltará ou mais cedo ou mais tarde..
És a única bandeira sem orgulho e sem maldade
Quem se muda pra Mangueira é verdade
Leva a vida cheia de felicidade
Quem se muda de Mangueira tem saudade
E voltará ou mais cedo ou mais tarde..
Em 1940, Zé com Fome, a convite do maestro Villa-Lobos, participou ao lado de Cartola, Pixinguinha, João da Bahiana, Jararaca, Zé Espinguela, Donga e Luiz Americano, da gravação dos famosos discos de Leopold Stokowski, registrados no navio Uruguai. Confira abaixo duas faixas na voz de Zé da Zilda:
Seu Mané Luis (Donga) - Cantam Zé da Zilda e Janir Martins
Passarinho Bateu Asas (Donga)- Canta Zé da Zilda
Passarinho Bateu Asas (Donga)- Canta Zé da Zilda
Esses discos foram editados pela gravadora Columbia nos Estados Unidos, com o nome de Native Brazilian Music e você pode baixá-lo aquí.
A dupla Zé da Zilda e Zilda do Zé

Mas foi em dupla que o Zé brilhou. Ele foi convidado por um amigo a ingressar na Rádio Educadora, onde trabalhou formando dupla com Claudionor Cruz, conhecido na época como Pente Fino. Anos mais tarde, já como chefe de um regional e com programa próprio, passou para a Rádio Transmissora. Foi quando conheceu e se casou com a cantora Zilda, com quem formou a Dupla da Harmonia, de grande sucesso no Rádio durante os anos 40 e 50.
"Paulo da Portela" (Aníbal Silva e Éden Silva)
Intérprete: Zé e Zilda
Porém, por uma falseta do destino, no dia 10 de outubro de 1954, Zé com fome nos deixou, deixou sua Zilda... Com apenas 46 anos, não resistiu a um derrame cerebral... Com o fim da dupla, tomada pela tristeza, Zilda homenageou o companheiro em forma de samba:
Meu Zé (Zilda Gonçalves e Ricardo Galeano)
Intérprete: Zilda gonçalves, 1955
Intérprete: Zilda gonçalves, 1955
Zé,
Onde estás que não respondes,
Onde é que tu te escondes,
Que eu não ouço o teu cantar
Zé,
Eu não sei viver sozinha,
Vida triste esta minha
Meu consolo é choroar sem parar
Como é possivel Zé, cantar agora?
Se sofro tanto,
Se a minha alma chora
Vê zé,
Que a minha vida tem sido ruim
Se não fossem as crianças, meu Deus
Eu nem sei o que seria de mim...
Onde estás que não respondes,
Onde é que tu te escondes,
Que eu não ouço o teu cantar
Zé,
Eu não sei viver sozinha,
Vida triste esta minha
Meu consolo é choroar sem parar
Como é possivel Zé, cantar agora?
Se sofro tanto,
Se a minha alma chora
Vê zé,
Que a minha vida tem sido ruim
Se não fossem as crianças, meu Deus
Eu nem sei o que seria de mim...
Segue o link para uma coletânea com 32 musicas de Zé da Zilda em 78 rpm:
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Um comentário:
Parabéns pelo blog! MARAVILHOSO
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